Esta biblioteca digital abriga o livro sobre Oncologia e Oncocirurgia Ortopédica.

Ela inclui aulas acadêmicas, palestras proferidas em congressos nacionais e internacionais, trabalhos publicados, discussões de casos, procedimentos cirúrgicos realizados e técnicas próprias desenvolvidas.

O formato digital foi escolhido porque a web permite a inclusão de textos com inúmeros recursos visuais, como imagens e vídeos, que não seriam possíveis em um livro impresso.

O conteúdo é destinado a estudantes, profissionais da saúde e ao público em geral interessado na área.

Reconstruções Ósseas Biológicas parte I

Reconstruções Ósseas Biológicas parte I

Reconstruções Ósseas Biológicas parte I

Figura 1: Paciente do sexo feminino, 5 anos de idade, diagnosticada com Sarcoma de Ewing na região meta-diafisária do úmero esquerdo. Após quimioterapia pré-operatória, realizamos uma osteotomia trans-epifisária proximal e outra distal no terço médio da diáfise do úmero, ressecando a lesão. A reconstrução foi feita com enxerto autólogo de fíbula, complementado por enxerto do ilíaco, e fixado com uma placa especial feita sob medida para a paciente, resultando em uma reconstrução detalhada, evidenciada na radiografia pós-operatória
Figura 2: Função do ombro esquerdo com boa elevação após dois meses da cirurgia, com melhora progressiva ao longo de três anos e dez meses, incluindo ganho de rotação externa.
Figura 3: Já na adolescência, detectamos um encurtamento do úmero decorrente da ressecção da placa epifisária, realizada como margem de segurança oncológica
Figura 4: Adolescente com boa função e estética. A fíbula geralmente se regenera em crianças. Podemos observar uma discreta alteração na área doadora do enxerto do ilíaco, com a radiografia revelando sua boa integração

Vídeo 1: Excelente função após 24 anos da cirurgia, com boa elevação do membro operado e boa rotação interna e externa.

Figura 5: Agora, grávida e curada da enfermidade, em 2022 completou 31 anos do tratamento, feliz, abraçando seu filho
Figura 6: Microcirurgia e fixação interna extensível empregadas nesta criança com osteossarcoma na metáfise do úmero. Após a quimioterapia neoadjuvante, ressecamos a lesão através de uma incisão trans-epifisária proximal, preservando a articulação. Em detalhe, a ligadura da artéria nutrícia do tumor. O esquema à direita ilustra a fixação da epífise por uma placa lâmina especial, feita sob medida para este caso, acoplada ao dispositivo de fixação interna extensível, estabilizando as forças de desvio e, ao mesmo tempo, permitindo o deslocamento proximal da epífise
Figura 7: Neste caso, posicionamos um parafuso inferior à haste para impedir o escorregamento distal. A imagem mostra a placa e o dispositivo projetados especificamente para este paciente. A cirurgia prossegue com a liberação do tendão do músculo peitoral.

Vídeo 2: A colocação da osteossíntese e o posicionamento do dispositivo ocorreram previamente à realização da microcirurgia, permitindo a observação detalhada do seu mecanismo de deslizamento. Detalhamos o posicionamento do dispositivo na reconstrução.

Vídeo 3: Neste filme, podemos observar a ampla mobilidade do ombro, com excelente rotação externa e interna, além da boa estabilidade dessa montagem.

Figura 8: Assim, realizamos um autotransplante de cartilagem de crescimento da fíbula para o úmero, utilizando uma placa lâmina especial e um dispositivo que possibilitará o deslocamento da placa lâmina, permitindo o crescimento proximalmente. Colocamos, então, o parafuso de bloqueio distal para proteger contra as forças de compressão. Em detalhe, a cirurgia finalizada com a microcirurgia, neste autotransplante da fíbula, com sua placa epifisária proximal, garantindo a manutenção do crescimento do membro. Função motora de elevação do ombro com boa mobilidade de rotação externa.
Figura 9: Dessa forma, este osteossarcoma do úmero foi operado e reconstruído com uma fixação dinâmica de uma fíbula autóloga, vascularizada, transplantada por microcirurgia, juntamente com sua placa epifisária de crescimento. Um transplante autólogo de cartilagem de crescimento.
Figura 10: Tumor de células gigantes do rádio, com grande insuflação e agressividade local. O estudo da ressonância permite verificar que a lesão não invade os tecidos moles, apenas deslocando os tendões. Isso possibilita a ressecção oncológica do tumor, que foi operado por meio de uma ampla incisão dorsal, iniciando na apófise da ulna, seguindo em direção à estiloide do rádio e curvando-se proximalmente. Abrimos a articulação do punho, liberamos os tendões de suas polias e removemos o tumor.

Vídeo 4: Vídeo exemplificando a osteossíntese dinâmica

Vídeo 5: Vídeo exemplificando a função motora pós-operatória do paciente

Figura 11: O músculo pronador quadrado é removido juntamente com a lesão, permitindo uma abordagem oncológica do tumor. Para a reconstrução, utilizamos o segmento proximal da fíbula ipsilateral, que é retirado cuidadosamente do seu leito. Em detalhe, a seta número 1 indica o tendão longo do músculo bíceps, a seta 2 aponta o músculo tibial anterior, a seta 3 destaca o músculo flexor longo e a seta 4, vermelha, ressalta por transparência o nervo ciático poplíteo externo. A cabeça da fíbula deve ser ressecada preservando toda a sua cápsula articular, circunferencialmente, para que se possa realizar uma reconstrução articular perfeita e estável do punho, prevenindo a subluxação. A obtenção desse enxerto é muitas vezes mais demorada e trabalhosa do que a remoção do tumor do punho.
Figura 12: Após algumas semanas, a força muscular do punho é simétrica, assim como a mobilidade de prono-supinação do punho e a flexo-extensão dos dedos, que apresentam funcionamento normal e equilibrado.

Vídeo 6

Vídeo 7

Figura 13: Flexão dorsal livre, com boa estabilidade do punho. Excelente prono-supinação, liberdade de movimentos, desenvoltura e simetria. Flexão palmar com limitação em 45 graus. Apresentando excelente desempenho rotacional do punho, com ampla flexo-extensão normal da mão e dos dedos, cujos tendões tiveram todas as polias liberadas.

Vídeo 8: Apreensão firme, forte  e  simétrica, dos punhos,

Vídeo 9: Muita coragem, força e ousadia, completando 15 anos da cirurgia em 2015.

Figura 14: Reconstrução biológica do rádio com enxerto autólogo de fíbula livre, sem necessidade de microcirurgia. A flexão dorsal do punho é normal, enquanto a flexão palmar apresenta uma discreta limitação.

Vídeo 10: Após 23 anos da cirurgia, a paciente demonstra ampla mobilidade do punho operado.

Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista

 Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho

Olá! Como podemos auxiliá-lo?
plugins premium WordPress